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terça-feira, 28 de março de 2017

carta ao fascínio por uma estranha

as vezes acontece de pessoas me causarem arrepios com a voz. um tipo que começa no topo da cabeça e corre vértebras abaixo.
não entendo direito o gatilho ou o motivo e nem sei o que essas pessoas tem em comum.
mas ouvir sua voz gravada falando profundezas me fizeram enxurradas de arrepios.
sua voz, que eu nem lembrava como era, mal tinha ouvido antes, o estalo pequeno dos seus dentes entre as palavras, a boca em formato de outro país.
eu aqui e a vida desliza em ritmos curiosos. você lá longe, num lugar que não sei qual é.
e eu não te amo com um amor humano porque não te conheço e não te compreendo, mas te desejo bem.
te desejo força para lidar com a saudade do mar.
queria dizer que quando eu te via pelas ruas do país, achava seu cabelo bonito e achava que você era um bruxa. ainda acho.
força e bem.