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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

de olhos fechados sinto olheiras se formarem como gigantescos entalhes escuros na superfície de mim. entra pela janela (ou pelas ondas do celular) um sentimento disfarçado de preocupação.
não gosto que me escancarem.

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continuo sensível porque estou muito viva.

domingo, 3 de janeiro de 2016

sou mulher e da minha mulherice experimento a solidão.
e espalho pelas minhas relações a inevitável sina
observo os cachorros de rua: machos alegres de rabos que se movem e passos lépidos
fêmeas tristes
tetas cheias
as vezes penso que uso as pessoas. que devia protegê-las das minhas vontades que mudam tão rápido 
já que ninguém devia ser exposto assim a marés bravas piscianas 
mas não seria lá muito justo comigo aprisionar minhas ondas
solitárias ondas de mulher