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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Hoje pensei no seu rosto. Com duas bolas imensas, claras de fogo, amarelas, queimando, queimando.

Hoje eu seria capaz de não me esquivar. Eu sei que a lua já estava cheia aquele dia, mas vai ver ela não estava cheia em mim.
Eu entendo o seu sotaque mas não fui capaz de te entender os olhos. As pontas dos dedos que me percorriam. A gratidão tão insuportavelmente doce.
Te recebi com o corpo tão aberto mas mesmo assim fui uma fortaleza impenetrável, com cacos nos meus muros. Com o sexo tão úmido e o peito, árido.
Desculpa.