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quarta-feira, 3 de abril de 2013

De outono a outono

Era como se estivesse vazia de alguma coisa da qual precisasse terrivelmente. Como quando se respira e os pulmões não enchem. Respirei voraz, rápida, faminta, esperando que isso suprisse minhas faltas.
Não sei se estava prestes a murchar ou dilacerar de dentro pra fora. Liguei para o primeiro número da agenda como quem liga para a ambulância; "me salvem ou vou explodir!"
Claustrofóbica de mim mesma, meu corpo não mais me continha. Precisava englobar o mundo, por isso expandi.
Não estava vazia. Estava cheia de ausência.