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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Chamaram de crise de pânico. Eu chamo de crise de existência.
Não tenho medo de nada, e mesmo assim, as vezes, mil sentimentos me inundam ao mesmo tempo, correndo forte igual água. (Odeio e amo a vida!!)
E aí, todos vazam... Choro é isso. É bagunça que não cabe mais em mim. Excesso de emoções contrárias, é meu corpo saturado.
Sempre que tentei explicar pra alguém meus acessos, fui terrivelmente mal-compreendida.
Então aceitei o diagnóstico. Crise de pânico. Gravíssimo.

sábado, 15 de junho de 2013

carta sobre o futuro atual estado das coisas

Acordei com o sol. Abri as cortinas e um alaranjado inundou o quarto igual água. Colhi folhinhas da horta e fiz um chá. Acendi os incensos que ele fez na noite anterior, de menta, chá-verde e maçã. A fumaça desenhava nos raios que entravam, e a madeira da casa parecia absorver todos os cheiros do ar.
Com o chá, torradas. (O pão eu que fiz.)
Fez calor, e depois do café andamos até a praia, acho que os cachorros queriam mais que nós entrar no mar. Voltamos antes da chuva pra consertar o telhado da casa na árvore, que o vento estragou terça, e queimei os ombros com o sol forte. Então coloquei folhas de aloe-vera no nosso banho.
Mais tarde achei um pézinho de morango embaixo daquela árvore grande, antiga, perto do rio. Amanhã vou pegar uma muda e plantar aqui em casa.
Uns passarinhos amarelos fizeram ninho em cima da casa semana passada. Eles nos acordam toda manhã desde então, e parece que gostam do violão e da gaita que tocamos toda tarde.
Colhi cenouras pra fazer um bolo e fiz um creme vegetal pra cobertura, enquanto ele nadava até a cachoeira. Ah, pra isso usei toda a lenha do fogão, e mais tarde fomos buscar mais.
A noite meditamos e agradecemos a Mãe Terra, e dormimos com as janelas abertas, pra entrar ar, a luz da lua, e o cheiro das flores que abrem à noite.

sábado, 8 de junho de 2013

queria te dizer muito mais

Você tem cheiro de novidade. Você é leve, positivo. Somos promissores.
Sei que prometemos não entrar no clichê mas me expresso por eles; te conhecer foi uma chance em um milhão.
Você é o por-vir.
Olha, tá bagunçado aqui em mim porque acabou de sair alguém, mas eu arrumo pra você entrar, só me dá algum tempo. Sei que você também tá bagunçado, mas a gente se conserta.
Ou se reconstrói. Juntos e sem pressa.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Deslizou a mão pela nuca até os ossos do peito. Subiu pela bochecha e segurou o queixo, enquanto as bocas dançavam juntas. Sussurrei sem separar os lábios dos dela; "As pessoas escrevem músicas sobre pessoas igual a você."