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terça-feira, 30 de agosto de 2011

i even know if i'm breathing.

Odeio ela. Odeio o motivo que a faz ser tão tranquila sempre. Queria que ela tivesse menos respostas pras coisas, mas ela sempre tem.
Odeio a sensação insuportavelmente boa que me dá quando ela fala alguma coisa bem inteligente com voz baixa e depois dá um sorrisinho com o canto dos lábios.
E o cheiro de menta, não quero.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

meio que anseavam pelos encontros despropositais de corpos, toques de mão, esbarradas nos corredores vazios.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

"Nada é doce mais, pequena."

Não acho que alguma pessoa no mundo pudesse estar feliz aquele dia. Devia ser alguma coisa no céu, parecia neve suja com pegadas de lama. A cada esquina, um sinaleiro fechado. "É sua teoria, né? Sua teoria sobre sinais fechados. Dias que começam assim não costumam ser bons." Pensei.
Meu pai estava sentado do meu lado sem fazer nada além de dirigir e ser triste. "Acho que ele não sabe o quanto é lindo e livre, e isso é quase como ser um pássaro." Ser um pássaro é uma merda porque você tem o mundo e não sabe. Não, é pior. Você tem o céu e não sabe. Porque pássaros passam a vida inteira não estando cientes de que são pássaros.
Mais do que tristes, nós estávamos vulneráveis... Mas eu não lamentava. Era uma tristeza linda. Ele disse "Nada é doce mais, pequena." Mas você não sabe, pai. As vezes a vida ainda pode ser doce. É verdade que poucas coisas tem um desfecho impressionante, mas a tristeza em você é muito doce e quando você grita comigo como se nunca tivesse sentido nenhum orgulho, eu me obrigo a sentir doçura em qualquer coisa próxima.
Sei lá, ser um pássaro é uma merda.